Filhos do Éden - Anjos da Morte

em sábado, 28 de março de 2015

Autor: Eduardo Spohr
Gênero: Anjos - Ficção, Ficção brasileira
Páginas:586
Editora: Verus Editora, 1ª edição, 2013.


Quando terminei de ler esse livro, fechei a capa, cocei o queixo e fiquei pensando... “como vou falar de você, meu amigo?”

Anjos da morte é o segundo livro da trilogia Filhos do Éden, do escritor nacional Eduardo Spohr. A resenha do primeiro livro você pode conferir aqui.

Diferente do livro um, em que temos vários eventos desembocando num acontecimento final, nesse segundo livro assistimos flashbacks do passado de Denyel intercalados com passagens do presente, em que Kaira, Urakin e Ismael estão rodando pelo mundo em busca de vestígios que apontem o paradeiro de Denyel, desaparecido no livro anterior.


Por falar nisso, ainda há um mistério latente a respeito de Kaira, que ainda não recuperou cem por cento suas lembranças, e no decorrer do livro tem fragmentos de memórias diluídos em sonhos enigmáticos. Eu fiquei aqui, batendo o meu pesinho, só imaginando o que o autor está aprontando para fechar a série no próximo livro, com previsão para próxima metade do ano. Para saber mais, leia esse artigo aqui também.

Para falar de Anjos da morte, é preciso relembrar uma coisinha que mencionei na resenha do livro anterior, Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida: Denyel, um anjo exilado aqui na terra, acaba roubando a cena, e de repente, nos vemos dando mais atenção a ele do que à Kaira, aparentemente “protagonista” do livro 1.

Pois bem, nesse segundo livro, (talvez atendendo a pedidos, quem sabe?) mergulhamos em todo o processo de corrupção que subjugou o nosso amigo anjo e o tornou um cara de pau descarado e assassino.  Depois de conhecer essa outra faceta, fiquei ainda mais intrigada com o moço — claro que virei fã — e em certos momentos tive vontade de guarda-lo no armário e dizer: “fiquei quietinho aqui e não apronte mais nada”.

Capítulo após capítulo viajamos nas cenas da segunda guerra mundial, da guerra fria, do caos mascarado que reinava entre os países europeus quando o muro de Berlim veio a baixo. Planamos suavemente pela transformação politica e social da juventude dos anos 50, pela geração “paz e amor” dos anos 60/70 e pelo desvario dos anos 80. Tudo isso pelo ponto de vista de um cara que não envelhece e teima em não morrer.

É simplesmente incrível acompanhar a transformação de “Denyel Angel”, de um querubim duro na queda em um pistoleiro sem pátria, explicando o motivo dele desejar tanto a redenção no livro anterior.

Alguns capítulos me deixaram de pelos eriçados, como o “Um bom dia para morrer” ou em lágrimas como o “Todo Sangue voltará para você”.  A é, esse é outro detalhe forte nos 88 capítulos desse livro rechonchudo: os títulos  são sedutores e instigantes.

O trabalho de pesquisa é magistral, e mais uma vez me vejo obrigada a tirar o chapéu. Acho até que foi o megafodástico trabalho de pesquisa desse livro que mais me deu tesão nessa leitura. Tem até trilha sonora, demarcando cada década por onde a história se passa.  E no final, depois de um prólogo que dá gancho para o próximo volume, o autor nos presenteia com os dados das pesquisas que ele fez para o livro, nos apontando o que é real e o que é fictício e o que inspirou.

Leitura Mega recomendadíssima!
Até a próxima babys!

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