Crônicas de Leemyar sempre foi um cantinho muito aconchegante pra mim, que adoro livros de fantasia com aquela pegada clássica de RPG. Eu gosto tanto dessa série, que já publiquei resenhas dos três volumes anteriores e agora estou de volta para falar do quarto volume da série. Aliás, essa série compartilha o universo com outra série no mesmo estilo, chamada Dragões de Titânia, outra série que indico muitíssimo! Mas vamos lá, que essa introdução está meio longa hihihi.
O grupo de amigos, Vanna, Romano, Dirk, Hitch, Peter Paul e Joabe (tem o elfo Guaricus também, mas ele não conta), voltam para Celtária depois de uma longa, cansativa (emocionante-extasiante-socorro-vamos-todos-morrer) e bem sucedida jornada no Deserto das Mil Mortes. Tudo o que eles querem é voltar para casa, o campo de treinamento High Honors e reencontrarem os entes queridos que deixaram em Leemyar há mais de um ano.
No entanto, as coisas não correm como o esperado e os High Honors terão que resolver um baita problemão antes de colocarem os pés de volta em casa. No tempo em que o grupo de aventureiros passou no deserto, os ânimos em Celtária foram degringolando, a população começou a brigar entre si, acusando uns aos outros, baseados em boatos e em ideias extremistas (qualquer semelhança com as fake news da vida real não são meras coincidências). O reino inteiro está sofrendo com invasões de monstros, como homens lagartos e lobisomens. Forças malignas estão agindo nas sombras e graças a elas, a união do grupo de amigos que já vinha ficando cada vez mais frágil, acaba se esfacelando e seguimos na incerteza se o reino poderá contar com os seus heróis mais uma vez.
E no meu coraçãozinho de leitora, acompanhar a separação do grupo doeu muito. Afinal, para mim, um dos pontos fortes da série Crônicas de Leemyar era a amizade do grupo. Eles podiam brigar, se esganar e ficarem loucos, mas sempre conseguiram achar um caminho juntos para lidarem com as dificuldades. Mas não dessa vez. As brigas estão mais sérias e os desentendimentos mais profundos.
Hitch e Peter Paul são meus personagens favoritos e nesse volume, a autora não os perdoou. Eu entrei numa deprê de leitura e ao longo do livro eu pausei a leitura diversas vezes: quando a Vanna começou a pensar em ir atrás do Luke (Luke é um amigo Dragão dela, que surgiu no segundo volume), quando machucaram o Peter Paul, quando de fato o grupo de separou e então, quando um dos meus personagens favoritos simplesmente se despediu da história. Eu precisei de longas pausas para encarar esse volume de Crônicas de Leemyar.
Era um cantinho literário que eu sentia muita falta e lidar com os eventos desse volume foi bem complicado. Principalmente porque eu me apeguei muito aos personagens e porque sempre esperei que o humor e amor vencessem qualquer batalha. Então, eu comecei a ler Os Ventos da Guerra em julho/2022 e terminei agora em meados de março/2023.
E quando terminei a leitura, eu sentei diante do computador e pensei comigo mesma "okay, agora como que eu falo sobre o que acabei de ler?". Crônicas de Leemyar - Os Ventos da Guerra, foi uma baita jornada. Para os personagens, que só queriam voltar pra casa, mas tiveram que salvar o mundo no meio do caminho e descobriram que nem tudo dá pra ser concertado e que na vida, ás vezes, a gente tem que continuar andando mesmo com o coração cheio de rachaduras. E pra mim, que acompanho essa galera desde quando eles dormiam em celeiros e caçavam tesouros em ruinas de castelos mal assombrados.
A narrativa continua ótima, as cenas de combate continuam super bem descritas e fáceis de acompanhar. E para não dizer que eu só soube choramingar nessa leitura, teve o retorno da Groulf (a melhor amiga e parceira inicial da Vanna), afastada desde a batalha no final do segundo volume e a adição de Andora, uma nova Elfa, ao grupo de heróis.
Vale lembrar que as minhas longas pausas durante a leitura foram por causa da minha ligação com os personagens. Mas a escrita da autora continua tão envolvente, que todas as vezes em que retomei o livro, os capítulos passavam voando e eu lia vários seguidos, até sofrer um novo golpe e precisar me reestruturar.
E, apesar de eu ter terminado esse livro me perguntando se a escritora toma café feito com lágrimas de leitores, Crônicas de Leemyar continua sendo uma ótima leitura. Muita aventura, muitos momentos cômicos e heroicos, sem contar as cenas de combate. E o final deixa um sabor agridoce, nos dizendo que sempre teremos motivos para ter fé e sorrir mais uma vez.
Um comentário:
Oi, Dany, nem imagina como estávamos aguardando saber o que você achou! Somos autores muito carentes, kkkk
Espero que tenha gostado das ligações com a Maldição dos Templos também. Quando a gente se falar pessoalmente comentamos mais!
Beijo grande
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