DRAGÕES DE TITÂNIA II – A QUEDA DO CÉSAR

em segunda-feira, 2 de março de 2015

Autor: Renato Rodrigues
Gênero: Ficção Fantástica
Páginas:272
Editora: Linhas Tortas, 1ª edição, 2012.

Já que vamos sortear o Box "Dragões de Titânia", resolvemos fazer uma semana especial com a resenha dos três livros! Como o primeiro livro já foi resenhado, segue a resenha do segundo volume, espia só:

Agora estabelecidos como uma ordem militar, o grupo de amigos formado no final do livro anterior permanece praticamente o mesmo. Preste atenção que eu disse “praticamente”. E se não leu a resenha do “Dragões de Titânia I – A Batalha de Argos” – Clique Aqui.
De volta à Titânia e devidamente instalados na pensão da Adria (que passou também a servir como sede dos “Dragões de Titânia”) Khosta, Shokozug, Tellus, Diane e a pequena Allene nem faziam ideia de quantas loucuras o ano seguinte lhes guardava:

Há no ar a desconfiança de que está sendo tramada uma conspiração contra o imperador de Titânia, ou melhor, o César. E adivinha quem, ou melhor, “quens” irão desvendar o mistério?
Claro que temos de volta o Impuro, articulando marionetes com suas mãos velhas e ossudas, o ex- amigo orelhudo vira-casaca, vampiros, trolls, quimeras, armaduras fantasmas entre outras quizumbas que perseguem a turma. Ainda bem né? Assim temos histórias!
Bom, alheios ao seu futuro, os integrantes dos Dragões de Titânia procuram dar continuidade as suas vidinhas mortais, tentando se estabelecer de vez na capital. É quando surge a primeira missão para os sócios e eles partem para cumpri-la. A missão acaba sendo um fracasso (e não, isso não é spoiller e tenho dito) e o grupo se dá conta que por mais experiência que tenham adquirido na Batalha de Argos, ainda lhes falta muito para entrar em sintonia com um grupo, e porque não dizer, como uma família de verdade.
E como desgraça pouca é bobagem, eles não terão tempo de pensar muito, pois Titânia precisa urgentemente e mais uma vez dos Guerreiros! Ou seja, “amigos-amigos, sócios-sócios e quizilas a parte ” o grupo terá que acertar suas diferenças enquanto enfrentam as encrencas que lhes surgem pelo caminho.
Quando o negócio começa a apertar de verdade, Alambique e Miranda (que estavam em Argos) voltam para Titânia em auxílio dos outros Dragões (na verdade, estavam fugindo de uma confusão, mas aí faz de conta que eu não disse nada).
Daqui por diante se sucedem cenas de lutas alucinantes, dentro e fora dos personagens e mais uma inesperada aventura que não sabemos onde vai dar, mas que, só pelo percorrer do caminho já vale apena!
Agora, falando um pouquinho da obra em outros aspectos, temos uma narrativa mais madura (talvez pelo autor estar mais experiente, ou por não haver mais a necessidade de apresentar os personagens principais), o humor – uma das marcas registradas do Renato Rodrigues – Continua hilário, o fôlego das aventuras continua ótimo e arrisco até a dizer que está melhor que em “A Batalha de Argos”. 
Temos a inserção de um clima de mistério muito bem aproveitado dentro de um universo de pancadaria gratuita como é Titânia (e isso me surpreendeu muitíssimo e mais uma vez recebo motivos para tirar o chapéu) além de uma trama muitíssimo bem alinhavada.
Se na resenha anterior comparei o autor a um mestre dos malabares, agora digo sem sombra de dúvida que também mostra ser um ótimo costureiro!
Outra coisa interessante de a Queda do César, é o aprofundamento maior na cultura dos temidos “Elfos Cinísios”, que impacta e desperta respeito. No final a gente percebe que nada é tão ruim quanto parece, e que às vezes também pode ser bem pior…
Somos apresentados a novos personagens, como o pequeno e esperto (e insistente) Chester, que sabe mais da vida do Khosta que o próprio mago (e sim, essa última frase pode ser entendida no sentido literal), além de novos candidatos a um posto na ordem dos Dragões de Titânia.
Mais uma vez temos as ilustrações da Carolina Milyus para fazer carinho em nossas cabeças depois de levarmos tantas pancadas!
Voltar à Titânia é sempre um enorme prazer, é a promessa certeira de aventura e a esperança de encontrar na amizade a força para continuar firme, é entender o verdadeiro significado de honra e glória.
Como eu disse na resenha passada, consegui o meu exemplar na Bienal de sampa de 2012, mas se você ainda não tem pode pedir pela Linhas Tortas.

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