Os Dragões de Titânia - A Balada do Gladiador

em terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Autor: Renato Rodrigues
Gênero: Fantasia/Ficção Fantástica
Páginas: 318
Série: Os Dragões de Titânia
Editora: Linhas Tortas

Ao sentar em frente ao computador para escrever a resenha do quinto volume de Os Dragões de Titânia, primeiro eu pensei:"caraca, vou falar do quinto livro da série!" Em seguida eu me peguei pensando por onde começar. Em cinco volumes muita coisa aconteceu. 

Teve ilha sendo libertada, conspiração, maldição, urucubaca, teve amigo vira casaca, tiveram chegadas e despedidas, lutas épicas e aventuras que só lendo mesmo para entender o quanto foram incríveis. E no meio disso, teve uma família improvável se formando com amigos malucos que também eram sócios. Tudo junto e misturado. E sinceramente? É por causa dessa mistura mágica que eu volto para esse universo livro após livro e nunca me arrependo de ter voltado.  Mas chega de introdução, né? Simbora pra resenha.

DT - A Balada do Gladiador, começa com uma missão no meio da noite, que já vai nos ambientando (e relembrando) com os personagens da equipe de Os Dragões de Titânia. Eles estão trabalhando num caso cabeludo de rapto de crianças. Quem está por trás disso e por quê? E olha que essa é apenas uma missão de aquecimento, pois muita coisa  ainda vai rolar no decorrer dos 37 capítulos.

Depois da entrada triunfal do primeiro capítulo, vamos acompanhando sem pressa, o cotidiano da família que habita a pensão da Adria. Diane se prepara para ir em busca de respostas sobre o sumiço do seu amado Lorde Wataru, Telus está recrutando novatos para ordem, Khosta está suspirando pelos cantos de saudade de Violeta Arcadia, Cronus, o elfo, está tentando retomar sua vida depois de recobrar a consciência, e agora é guardião de Cristal Negro, uma elfinha cinísia marrenta e de poucas palavras, Miranda e Alambique que agora são pais de trigêmeos e estão padecendo no paraíso, por assim dizer. E Adria, bem, a dona da pensão, cuida de todo mundo, inclusive do seu marido Silvester, que ela nunca sabe quando vai sair em missão por aí de novo. Shokozug e Hunter só estão por ali, de prontidão para qualquer coisa.

E além dos Dragões mais velhos, temos também o núcleo teen da pensão da Adria: Chester (auxiliar de Khosta), Bronko (sobrinho de Silvester e Adria) Cristal Negro e Allene. 

Tudo pronto e todo mundo apresentado, o pessoal está prestes a encarar uma nova jornada. 

Todos os Caminhos levam a Celtária...

Diane e Hunter partem de Titânia, a capital do mundo, para o país de Celtária em busca de pistas sobre Wataru, que sumiu em um dos templos de carne no livro anterior, a "Maldição dos Templos".  O mago Khosta acaba partindo com eles, mas por outros motivos: surgiu uma nova arma mágica para ser rastreada e um suposto parente perdido do mago, que poderia esclarecer o passado misterioso de Khosta.  É... parece que tudo aponta para Celtária, né?

Os Dragões não tem um dia de paz...

Com 3 membros da equipe fora de ação, restou aos outros veteranos ficarem a postos para qualquer emergência na Capital. E é claro que ela chega, afinal, Os Dragões de Titânia comem emergências e imprevistos no café da manhã. O Príncipe de Titânia sofre um atentado, e em seguida, o próprio Palácio do César. Investiga daqui, investiga dali e os Dragões descobrem que o buraco é bem mais embaixo do que eles supunham e que novamente, eles precisam entrar em ação para salvar o Império. Bom, dessa vez não é exatamente o impéééério, mas é um motivo muito importante e nobre mesmo assim. Então os veteranos partem de Titânia para Avalônia e a Capital fica sob a guarda do núcleo teen, digo dos novatos e de Miranda e Alambique, que não podem sair em missão por motivos de bebês.

E os novatos vivem suas próprias aventuras...

Claro que o núcleo teen dos Dragões ia dar um jeito de lidar com o tédio, digo, de gastarem suas energias juvenis e surge uma missão no Ducado de Góthica que cai uma luva pra eles. E olha, foi muito bacana acompanhar o desenrolar dessa turminha e esse trecho da história me deixou ainda mais curiosa para saber até onde os poderes de Allene podem chegar.  Ela é uma caixinha de surpresas e estou animada para o que mais ela pode trazer para o grupo.

Minhas impressões 

Eu sempre fico encantada com a habilidade que o autor tem de encaixar vários personagens na história. Seja com os grupos separados, ou todo mundo junto, cada um vai ter o seu momento, o seu espaço, as suas camadas.  E depois de 5 livros lançados, a gente vai percebendo que a escrita do autor também foi se lapidando e se tornando cada vez mais fluída, e tiveram alguns momentos, tanto em a Maldição dos Templos quanto em A Balada do Gladiador que eu me senti dentro de um filme, de tão dinâmica que foi a narrativa.  E sempre há uma coisa nova para ser apresentada, seja uma arma, um personagem, um novo canto do mapa para ser explorado ou uma sequência de ação inesperada. E assim o livro vai nos levando e a gente nem percebe que ele é um pouco maior do que os outros quatro livros. 

E a cada volume, o universo dos Dragões de Titânia vai ficando mais complexo, com as suas conspirações e lutas por poder, com vilões mais esguios que quiabo e combates épicos. E por falar em épico,  achei o crossover literário com os personagens de Crônicas de Leemyar fantástico.  Os personagens dessas séries já se esbarraram em outros momentos nos volumes anteriores, mas dessa vez foi bem mais impactante, eu diria. Impactante como um navio que navega pelos céus. E não direi nada além disso por motivos de spoilers.

Outra coisa que sempre me pega nos livros dessa série são os títulos dos capítulos. Eu sei que parece uma coisa boba, mas pra mim são quase easter eggs! É sempre muito divertido perceber os trocadilhos dos títulos com nomes de filmes, como por exemplo "11 Dragões e um segredo" ou " Os aventureiros do do Condado Proibido". E como eu disse antes, parece um detalhe bobo, mas sempre haverá quem preste atenção. E pra mim, isso mostra o humor e o cuidado com que o autor vai construindo o livro. Sabe quando a gente fala pra si mesmo "Só mais esse capítulo" e aí, quando o capítulo termina numa cena "whaaaat" e pra piorar o título do capítulo seguinte bate o martelo de vez e te leva pra lá? Pois é... títulos de capítulo tem esse poder oculto.

Leitura super indicada para quem adora fantasia e humor, mas sem abrir mão de personagens cativantes e cenas de aventura surpreendentes.

Vou ficando por aqui e até a próxima, folks!

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