Autor: Janaina Tokitaka
Gênero: Ficção, aventura, infanto-juvenil
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 144
“ Toda criança sabe que no escuro o mundo vira um lugar perigoso. Sabe
aquele fantasma do filme de terror que você viu sozinho, de noite? Aquele
mesmo, de cara branca, olhos pretos e dedos gelados? Então... quando a noite
chega, parece mesmo que ele pode estar escondido dentro de um guarda roupa,
embaixo da cama, no corredor entre o banheiro e a cozinha. Toda criança sabe
disso, do mesmo jeito que sabe que aquela vacina não vai doer só um pouquinho,
que o “frango empanado” de terça feira, na verdade, era peixe mesmo e que os
adultos mentem, principalmente no Natal e nas festas de trabalho. Quando você é
criança, tem certeza que monstros existem pra valer.” (Prólogo de “O
interruptor debaixo da escada”)
Lá estava eu, fuçando o estande
da Martins Fontes na bienal do Rio, quando vejo uma capinha azul toda charmosa,
com dois pares de olhos enormes. Cheguei perto, folheei e não teve jeito: O
interruptor debaixo da escada voltou comigo para casa, em SP.
Miya tem 10 anos e acabou de se
mudar para uma casa antiga em algum bairro de SP. Ela é bagunceira e não
entende metade da mania de arrumação e limpeza de seus pais, mas tenta fazer o
seu melhor. Ah, ela também é descendente de japoneses, embora não entenda nada
de japonês.
Explorando seus novos domínios,
Miya descobre que os antigos moradores da casa deixaram muitas coisas para
trás, como se tivessem ido embora muito rápido. Até aí, tudo bem, mais um item
para a lista de esquisitices daquela casa maluca que parece normal em um
momento e totalmente diferente em outro.
Yako, a raposa mágica-assombrada que fala japonês. Imagem de divulgação. |
No inicio, a voz de Myia me
incomodou. Ela não parecia ela mesma. Mas conforme o livro foi avançando, a
personagem foi se tornando mais consistente. Celso é garoto que, apesar de
medroso, enfrenta seus medos e parece bastante autêntico. E tem o Shimeji: O
cachorro mais passeadeiro e dorminhoco que você respeita.
A principio, pensei que fosse alguma adaptação gringa, mas qual não foi a minha surpresa ao perceber que “O interruptor em baixo da escada” é uma produção nacional super charmosa e instigante. Pense o que quiser, mas eu não tenho maturidade para ver um livro charmoso assim, cheio de ilustrações e com uma história bacana, e não me agarrar nele com unhas braços , dedos e dentes!
Curiosa, pesquisei um pouco mais
a respeito do trabalho da Janaina Tokitaka e ela tem um trabalho mais fofo do
que o outro.
Leitura indicada para quem gosta
de aventura, para crianças arteiras e para quem, assim como eu, tem uma
quedinha por ilustrações fofas!
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