Autora:
Ana Cristina Rodrigues
Gênero:
Fantasia e ficção
Editora:
Letra Impressa
Páginas:
88
Primeira leitura do
ano já deixou na mente um misto de “quero saber mais” com “por favor deixa eu
voltar”.
Fábulas Ferais é composto por contos que
vão desenhando a origem de Shangri-la, Um lugar mágico, onde muitas espécies de
povos encantados aprenderam a coexistir, e principalmente, aprenderam a se
proteger.
O poder de síntese da narrativa de
Ana Cristina rodrigues é uma das coisas que mais intensificam a imersão em
Shangri-lá: entregar um mundo inteiro sem se perder em detalhes desinteressantes.
E qual a melhor maneira de conhecer
um lugar, se não através de seus habitantes? Em cada conto, temos um ser
diferente, vendo cada passagem e paisagem. Um olhar, uma personalidade, uma
aventura. Chega a ser catártico: acordar quimera, dormir lontra, aprender a voar,
lutar para não derramar mais sangue. E derramar sangue para não ter mais que
lutar. Parece confuso e só mesmo lendo Fábulas para entender. Leitura que aliás, dá para ser feita de um respiro só.
Fábulas Ferais possui fauna e floras
únicas, ficcionais e delirantes. Me senti em casa: em parte porque deliro com frequência
e em parte porque no meu coração de leitora, me encontrei em mais um universo.
E a gente sabe, que, se o universo é incrível, a gente simplesmente não quer
sair de lá. Cada vez mais encantada por Íbis, o homem-morcego (e não estamos
falando do Batman), por Maya e por Lars. Ah, e por um certo senhor Lontrinha
que é a coisa mais fofa que já vi.
Como se não bastasse o conteúdo, a
edição física é um charme: feito à mão. Sério mesmo. Capa dura, papel
amarelinho e apenas 300 exemplares. Numa época em que tantos lançamentos são
tão lindos e cheios de paranauês gráficos que chegam a doer nos olhos, Fábulas
Ferais surpreende pela simplicidade de sua produção artesanal. É daquelas
coisas que a gente quer colecionar, que é gostoso de tocar.
Quando a Ana anunciou o lançamento de
Fábulas para a bienal do rio em 2017, eu sabia que tinha que ir lá, agarrar o
meu e nunca mais deixá-lo ir. Meu faro de leitora mais uma vez se provou certo:
Fábulas Ferais abriu minhas leituras de 2018 me levando a desejar com todas as
forças que o Atlas Ageográfico de
Lugares Imaginários saia logo. Mas isso é outra história, né? Né.
Leitura mais do que super
recomendada, para quem gosta de fantasia, descobrir novos mundos, novas
maneiras de encarar ficção e para quem está afim de uma leitura rápida e de ter
um exemplar lindão na estante, e bom, indico também para qualquer pessoa que
goste de ler. Simples assim!
Até a próxima folks!
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